4 de março de 2022

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Neste mês (mar.2022) publico um artigo bem extenso sobre gaming e autismo na Revista Novas Perspectivas Sistêmicas.

O que trago hoje para reflexão é o quanto nos afastamos nos nossos filhos lhes dando uma tela para “se distrairem um pouquinho” enquanto temos uma tarefa a fazer que exige concentração. Ou ainda, quando estamos num restaurante e ligamos um desenho para, novamente, entretê-los.

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Matraquinha

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou um manual de orientação para uso de telas de crianças e adolescentes. Vale a leitura e cada item da orientação.

O mundo dos games não é um ‘lugar’ onde deixamos nossos filhos sozinhos; é um ‘lugar’ onde navegamos juntos. Aprendemos e ensinamos e, acima de tudo, juntos. 

É fato que nossos jovens estão cada vez mais imersos na web e que a cada dia fica mais difícil tirá-los de lá. Mas não estamos todos? Não estamos imersos e dizemos que estamos trabalhando? Pois bem, o gaming para muitos é também ocupação. É compromisso e encontro com amigos. 

A conversa de hoje é sobre: o que seu filho joga? Você já fez alguma partida com ele/ela? Você sabe o que eles assistem, quem eles seguem? Se a resposta for não, está em tempo de conhecer esse mundo distante que o atrai e o tira do convívio por tantas horas. 

Ainda, de acordo com as orientações da SBP, diálogo e respeito fazem parte dos fatores de proteção ao jovem.

Proibir não é mais uma opção: presença é.

Em tempo, autismo não é doença, mas uma condição genética, portanto, totalmente falsa a afirmação de que as telas “causam autismo”. 

 

CONTEÚDO EXTRA

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É psicóloga clínica, terapeuta de família, diretora do Centro de Convivência Movimento – local de atendimento para autistas –, autora de vários artigos e capítulos de livros, membro do GT de TEA da SMPD de São Paulo e membro do Eu me Protejo (Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes 2020, na categoria Produção de Conhecimento).

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