1 de junho de 2019

Tempo de Leitura: 2 minutos

A inclusão escolar pode parecer algo impossível para muitos, mas acreditem,  pode ajudar  muitas pessoas! 

Eu sei que a inclusão não é para todos e que existem “autismos”. Então, eu não vim aqui dizer que é obrigatória, ou que é a única saída para todos etc.! Não, sem generalizações! Vim contar um pouquinho do que o processo de inclusão fez por mim.

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Matraquinha

Para vocês entenderem melhor, além do TEA, eu tenho TDAH e deficiência intelectual leve, além de um monte de questões sensoriais! Esse conjunto  me faz ficar mais agitado e fazendo muitas estereotipias. Eu fico andando de um lado para o outro e fico imaginando um monte de coisas. Não gosto de contar às pessoas o que eu penso, mas posso garantir que não é nada demais. No meu primeiro livro, eu conto algumas coisas no primeiro capítulo, o que  causou muita surpresa para minha mãe quando ela foi corrigir. 

No mês de abril, lancei um livro infantil: “Ivana e a cura para o preconceito”. Foi escrito todo baseado em imaginações que eu tenho. A história é sobre uma coelha que sempre quis ser uma chef de cozinha, porém, ela sofre preconceito e cabe a ela enfrentar os outros animais que zombam de seus sonhos. Além disso ela também sonha em CURAR O PRECONCEITO através de suas atitudes. É um livro excelente (desculpem minha falta de modéstia!), com uma história muito linda e que vai além de sua mensagem. E não é apenas para crianças. Na verdade, é para todas as idades, e é muito importante que os jovens e adultos também entendam como as vítimas do preconceito passam por muitas dificuldades. Inclusive, é um livro excelente para os pais, professores e estudantes de pedagogia. O feedback tem sido muito positivo e eu estou muito satisfeito e muito orgulhoso com o resultado.

Mas, por que estou contando isso? Porque quando eu estava na escola, tinha muita dificuldade de interpretar textos e também de escrever algumas coisas. Mas meus pais foram me incentivando desde pequeno a tentar  ler e entender, e também a escrever. Aliás, eles sempre me estimularam e acreditaram que eu deveria chegar aonde eu fosse capaz. Hoje, vendo tudo o que eu consigo fazer, já é uma grande vitória para mim. Ainda mais escrevendo um livro infantil muito elogiado e muito bem recebido pelas pessoas. E eu, com certeza, pretendo escrever mais livros. Tanto que já estou com alguns projetos no papel. 

Daqui para frente, eu acredito que só irei amadurecer mais. Acredito que conseguirei chegar aonde os médicos disseram que eu jamais chegaria. É isso, pessoal! A cada dia uma nova conquista.

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Fotógrafo, palestrante, escritor e autor do livro Tudo o que eu posso ser, de 2017.

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