1 de junho de 2019

Tempo de Leitura: 11 minutos

A busca por diversidade tem sido uma tendência do mercado de trabalho, ainda que mais tímida do que o desejável. Muitos podem pensar que isso se refere tão somente a diferenças raciais, de gênero ou orientação sexual. Mas, vai além. Abrange também a neurodiversidade – conceito que considera o desenvolvimento neurológico atípico uma diferença humana, que deve ser respeitada. E é isso o que algumas empresas estão fazendo ao contratarem profissionais com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

Alto funcionamento

É um movimento mundial e mais forte nos países desenvolvidos, mas já chegou ao Brasil, inclusive em relação ao autismo. Para quem tem TEA de alto funcionamento — como se diz quando as habilidades sociais e de comunicação são menos comprometidas — parece ser mais fácil, mas nem sempre. Foi o que nos contou Marcelo Vitoriano, diretor da filial brasileira da Specialisterne — empresa dinamarquesa fundada em 2004, especialista na formação de pessoas com autismo para o mercado de trabalho —, que iniciou suas atividades em terra brasilis há três anos, por iniciativa de um espanhol. A empresa já contribuiu na criação de mil postos de trabalho para pessoas com o transtorno ao redor do mundo, graças a seu modelo de empreendimento social.

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ExpoTEA

Em uma longa entrevista, Marcelo contou que “os desafios para inclusão de pessoas com autismo de alto funcionamento são bem significativos. É muito comum que eles apresentem comorbidades como depressão, ansiedade, baixa autoestima e a dificuldade em lidar com a consciência de ter suas limitações”. Por isso a Specialisterne acompanha a pessoa inclusive após a contratação, para dar suporte a quaisquer dificuldades por parte da empresa ou do funcionário, oferecendo psicólogos e outros profissionais, a depender do caso, além de contribuir com o desenvolvimento profissional e encarreiramento.

Com grandes parceiros no Brasil, a empresa tem hoje 60 pessoas com autismo trabalhando, e conta com projetos em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e São Leopoldo (RS). “Estamos, felizmente, num momento bom no Brasil. É uma contradição com esta crise que estamos passando, mas temos conseguido abrir oportunidades com parceiros muito interessantes”, revelou Marcelo.

Conversando com os gestores das áreas que empregaram pessoas com TEA, o diretor da Specialisterne no Brasil conta que a opinião é uníssona: o benefício vai muito além do funcionário com autismo contratado, a equipe toda é contagiada com a atitude da empresa, se sente orgulhosa de trabalhar num lugar inclusivo e até a produtividade melhora, além do clima e colaboração entre todos. “As entregas e o rendimento dos funcionários são muito bons. Mas o valor maior para mim é o quanto receber esses jovens aqui na empresa aumentou o engajamento da minha equipe”, confidenciou um dos gestores a ele. É benéfico a todos ao redor.

O Itaú foi um dos primeiros parceiros. Começou oferecendo apenas duas vagas. Aprovou a experiência. Estão agora com 25 pessoas com autismo trabalhando no banco. Outra grande parceria é com a SAP, que hoje conta com mais de 150 pessoas com esta condição de saúde atuando em todo o mundo, oito delas no Brasil — inclusive a Specialisterne realizou uma formação local nas cidades de São Leopoldo (RS) e Rio de Janeiro (RJ) em parceria com a empresa.

A maioria das vagas atendidas pela Specialisterne é na área de tecnologia da informação, mas já há pessoas em áreas como recursos humanos, departamento financeiro, inovação, além de atividades operacionais. A busca é por diversificar.

Novas habilidades

Hoje com 23 anos, o jovem ator Eric Rasmussen é um caso exemplar. Ele está em cartaz com a peça “As Formiguinhas Defendendo a Natureza”, no teatro Raposo Shopping, em São Paulo, fez a dublagem de um personagem com autismo para a série de televisão “Pablo” — desenho que estreou no canal NatGeo Kids e está sendo exibido na Netflix — e trabalha na Kantar Ibope, como coletor de mídia impressa, após concluir o treinamento na Specialisterne no fim de 2018. “O que eu descobri nesses anos todos com meu filho é que ele sempre me surpreende. É tudo uma questão de tempo e investimento para que ele aprenda uma coisa nova. Quando eles são pequenos ficamos com dúvidas e medos sobre como vão se virar sem a gente por perto. Mas eu acredito que toda mãe que tiver um filho especial deve fazer de tudo para que ele seja o mais independente possível e nunca deixar de acreditar que ele tem potencial”, explicou Rosana Ponomavenco, mãe de Eric.

Desde os dois anos de idade, Eric fez os tratamentos que são normalmente recomendados para pessoas com TEA, como terapias baseadas em ABA (sigla em inglês para análise aplicada do comportamento), com psicólogos e fonoaudiólogos. Hoje ele tem bastante autonomia e já foi até para o Japão “sozinho” (sem os pais), com um casal amigo da família.

No treinamento, a Specialisterne identificou em Eric uma habilidade de documentação, de inserir dados em computador com uma velocidade muito acima da média e com margem de erro muito pequena, pelo seu alto poder de concentração. “Ele descobriu várias habilidades no treinamento que são úteis para qualquer trabalho, como usar alguns programas comuns no computador, como Office. Ele também mudou a maneira de se vestir para trabalhar, aceitou roupas que antes ele não aceitava. Agora ele está fazendo um curso de comunicação visual, pois viu que tem habilidades no computador que antes não sabia que tinha”, comemorou Rosana.

A Specialisterne oferece capacitação de até cinco meses, com diversas aulas voltadas à tecnologia da informação e desenvolvimento de habilidades sociais e, na reta final, simula um ambiente de trabalho, culminando, normalmente, com a contratação — que não é garantida, mas acontece na grande maioria dos casos. “Os jovens, a partir do momento que começam a trabalhar e ter sua renda, têm mais autonomia, e isso gera um impacto positivo grande na autoestima deles”, comemora Marcelo.

A Specialisterne atende pessoas com autismo de alto funcionamento, a partir de 18 anos de idade, que são encaminhados a uma entrevista antes do início do treinamento, para identificar o perfil individual. É desejável que a pessoa tenha interesse em trabalhar com computador. A notícia boa é que, ultimamente, têm aparecido mais vagas para trabalho dp que pessoas com TEA. “Estamos com um projeto em andamento na região de Campinas (SP), que busca a inclusão de 15 profissionais em áreas de testes de software e programação. Este treinamento será de dois meses. Após o período de capacitação, estágios e resultados obtidos, as pessoas poderão ser contratadas para trabalhar em Hortolândia”, contou Gláucia Ribeiro, gerente de marketing e comunicação da Specialisterne Brasil. 

Para quem tiver interesse, o telefone é (11) 3129-8056 e o site, br.specialisterne.com. A capacitação é gratuita.

Emprego apoiado

Ok. Muitos podem questionar: “É fácil empregar um jovem autista que tem autonomia, um nível aceitável de habilidades sociais, hiperfoco e, alguns (repito: alguns!) até mesmo inteligência acima da média. Quero ver contratar um autista com deficiência intelectual!”.

Sim. Isso acontece em muitos países desenvolvidos e tem se tornado mais e mais comum no Brasil (ainda infimamente menor que o desejável, vale sempre ressaltar). O segredo é o emprego apoiado (EA), “uma metodologia que visa à inclusão no mercado competitivo de trabalho de pessoas em situação de incapacidade mais significativa; respeitando e reconhecendo suas escolhas, interesses, pontos fortes e necessidades de apoio. Dentre essas, as pessoas com TEA, também podem e são atendidas pela metodologia”, conforme explicou Marisa Schahin, uma das diretoras da Anea (Associação Nacional do Emprego Apoiado), instituição criada em 2014 — aberta a todos os que desejam estimular o desenvolvimento do emprego apoiado no Brasil. A Anea, porém, não atende ao usuário final. O atendimento aos usuários do EA é realizado por algumas organizações associadas da Anea e por consultores autônomos capacitados.

“Iniciei a atividade de inclusão de pessoas com TEA no mercado de trabalho formal, devido a meu filho ter esse diagnóstico. Ele trabalha há 10 anos e tem acompanhamento pela metodologia do EA desde 2013. Acabei me especializando na transição do jovem com deficiência para a vida adulta e a inclusão de pessoas com diagnóstico de autismo. Atendemos também pessoas com outras deficiências, que necessitem de apoio para iniciar sua caminhada no mundo do trabalho”, resumiu Marisa — que pode ser contatada como @marisa.schahin nas redes sociais.

De acordo com o site da Anea, algumas das instituições que oferecem emprego apoiado são: a Abads e a Apabex, em São Paulo (SP), o Instituto Ester Assumpção, em Betim (MG) e o Unilehu, em Curitiba (PR).

Abads

A Abads (Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social — antiga Pestalozzi de São Paulo) tem um projeto de emprego apoiado que iniciou em 2002, profissionalizando-se em 2006. Apenas em 2010, contudo, especializou-se para atender pessoas com autismo. A maioria das pessoas atendidas pelo projeto são autistas com deficiência intelectual e, muitos, não-alfabetizados — no entanto há 3 casos de autismo de alto funcionamento. Um desses casos é um advogado. Fez graduação em direito, passou no exame da OAB, mas tem dificuldade em atender e discutir com o cliente, ou em expor algo para um juiz. Hoje faz controle de entrada e saída de mercadorias numa empresa de varejo e está feliz no trabalho.

“A instituição tem um total de 315 pessoas com deficiência atendidas pelo programa, sendo 38 autistas. Cerca de 14% dessas pessoas estão empregadas”, segundo Maria Cristina Uda, consultora de emprego apoiado da Abads. O restante está buscando recolocação. O mais comum no projeto da Abads são os empregos em funções de ajudante geral, reposição de estoque e auxiliar administrativo. Há, porém, um caso inusitado em que a pessoa atendida pediu para ser contratada em um trabalho pesado, em que pudesse “descarregar suas energias”. Hoje esse jovem está trabalhando na construção civil.

Quando alguém se inscreve no programa, é feito inicialmente um acolhimento para conhecer o programa que a Abads mantém. Na sequência, o interessado assiste a uma apresentação, preenche um cadastro com o perfil do serviço desejado e, em seguida, passa por uma avaliação — independentemente de ter ou não um diagnóstico de TEA. O próximo passo é cadastrar-se no Emprego Apoiado e receber um atendimento individualizado, para saber as habilidades e as necessidades de cada pessoa. Apenas depois disso classifica-se o indivíduo conforme o apoio que ele precisa, e não pela deficiência que ele tem. Conseguindo-se a vaga de emprego, inicia-se o treinamento dentro do próprio ambiente de trabalho — que pode durar de 3 meses a 2 anos, dependendo da necessidade de cada um.

O acompanhamento continua, mesmo após o treinamento, caso seja solicitado pela empresa ou pelo empregado. Houve um caso de um funcionário autista que entrou em crise depois que sua gerente faleceu. A nova gerente quis mudá-lo de setor e ampliar sua atuação para que executasse mais tarefas, visto o bom desempenho que ele tinha. A mudança, todavia, trouxe muita instabilidade ao jovem e tivemos que intervir para ajudar. Em algumas semanas, tudo voltou a ficar bem”, lembrou um dos coordenadores na época.

As famílias que quiserem procurar a Abads para emprego apoiado, devem ligar no telefone (11) 2905-3048 para agendar uma visita — o site é abads.org.br. A participação no projeto é gratuita.

ITS

Outra instituição que auxilia a entrada de pessoas com deficiência, inclusive autistas, no mercado de trabalho é o Instituto de Tecnologia Social, o ITS Brasil. “O projeto de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência Pronas/PcD foi desenvolvido pela instituição em parceria com o Ministério da Saúde desde 2015”, explicou Maria Vilma Roberto, coordenadora de projetos de emprego apoiado no ITS, que atende pessoas com “todos os tipos de deficiência, autismo e psicossocial. Não fazemos ou impedimos nenhuma deficiência de participar de nosso projeto”, contou.

A instituição já atendeu 15 pessoas com autismo e elas permanecem no emprego — algumas até já estão no segundo emprego —,  com uma metodologia que tem o foco nas habilidades das pessoas e acompanhamento por técnicos de emprego apoiado.

O projeto do ITS não tem custo para empresas, famílias, muito menos para as pessoas com deficiência. “No fim de 2018 encerramos o projeto que atendia o município de São Paulo. Os projetos desenvolvidos em Santo André, São Bernardo, Mauá, Cubatão e Guarujá vão até o final de 2019”, disse Maria Vilma.

Interessados no projeto do ITS podem ligar para (11) 3151-6499 ou acessar o site itsbrasil.org.br.

Sem apoio

Carlos Alberto Jorge Júnior, o “Caco”, que mora em Santos, no litoral paulista, tem uma história diferente. Não contou com emprego apoiado, nem com qualquer treinamento, pago ou gratuito, para começar a trabalhar. Sua mãe, a professora aposentada Ana Lúcia Leite Félix, e o irmão de Caco, André, tiveram a ideia de entrar em contato com a diretora da escola que Caco estudou — e que ele amava como sua família — e pedir a chance de ele trabalhar um período lá, como voluntário.

“A ideia era ele aprender sobre o que significa trabalho, hierarquia, ter colegas de trabalho etc. E as terapeutas dele adoraram a ideia e se prontificaram a ir na escola dar orientações sobre os pontos principais e necessários a serem trabalhados, como assiduidade, pontualidade, responsabilidade, respeito”, relembrou a mãe, “AnaLu”.

Isso foi em setembro de 2016. Caco continua lá até hoje e inclusive recebe um valor simbólico como salário. Ele ainda não domina bem o dinheiro, tem dificuldade com matemática, mas está sendo acompanhado por psicopedagoga e neuropsicóloga, trabalhando essas questões. “Os ganhos são vários, pois ele está aprendendo a sair e a andar sozinho. Primeiro aprendeu a usar o VLT [veículo leve sobre trilhos — um tipo de transporte público], e, mais recentemente, a tomar ônibus, algo que ele tinha verdadeiro pavor! Nesse meio tempo, demos uma cópia da chave de casa pra ele, um “sonho” que ele tinha (risos)”, contou AnaLu, comemorando as conquistas do filho. “Após ficar doze anos sem terapia, pois não encontrávamos profissionais que conhecessem e soubessem lidar com autismo por aqui, ele hoje também faz acompanhamento com uma psicóloga, já há mais de três anos”, completou ela.

A autoestima de Caco aumentou muito. “Já estou trabalhando lá há dois anos, indo e voltando de ônibus sozinho. Gosto muito de trabalhar lá com as meninas. Elas gostam muito de mim. Eu também vou sozinho para a aula de muay thai [uma arte marcial tailandesa] de ônibus, vou para a psicopedagoga… Enfim, tem sido muito legal”, narrou Caco, entusiasmado.

“Ah, ele já tinha celular, quando começou a trabalhar, mas não tinha plano de internet. Então, esse foi outro sonho realizado. E o inusitado: ele mesmo encontrou e baixou um aplicativo no celular, onde vê linhas de ônibus e horários previstos em cada ponto da cidade”, disse a mãe, orgulhosa de Caco.

O jovem atua como um auxiliar administrativo e inspetor de alunos durante os intervalos de aula — ajuda a equipe da secretaria a levar e trazer material, bilhetes, documentos e até ajuda os professores, quando requisitado. “Se há ocorrências no intervalo, como brigas, desobediência a regras, ele alerta os alunos, mas não se intromete. Se não resolver, chama a coordenação”, finalizou AnaLu.

Cotas

Um estudo realizado com 248 adultos autistas dos Estados Unidos, Suécia e Austrália apontou que 22,5% deles estavam empregados em tempo integral. No Reino Unido, a pesquisa do The National Autistic Society chegou a um número ainda menor: apenas 16% dos adultos autistas têm emprego em tempo integral de forma remunerada; e 32%, em meio período. Uma iniciativa interessante foi da ONG Autism Speaks, que lançou um portal online com oportunidades de trabalho para profissionais com autismo a fim de melhorar o cenário nos Estados Unidos. Chama-se “The Spectrum Careers“.(em tradução livre: “as carreiras no espectro” — referindo-se ao espectro do autismo).

No Brasil, em parte, podemos dizer que tem iniciado uma conscientização por parte das empresas, de seu papel social e de inclusão — ainda minúsculo, mas crescente. Por outro lado, as leis obrigam a contratação de pessoas com deficiência a depender do tamanho do negócio.

Para empresas que tenham a partir de cem funcionários, a legislação brasileira estabelece a obrigatoriedade de preencherem uma parcela (de 2% a 5%, conforme o número de empregados) de seus cargos com pessoas com deficiência. A reserva legal de cargos é também conhecida como Lei de Cotas (art. 93 da Lei nº 8.213/91). Só no ano passado, 46.900 pessoas com deficiência foram contratadas em decorrência de fiscalização do governo — no total foram 3.285 empresas multadas pelo não preenchimento das cotas, em um universo de quase 35 mil empresas obrigadas a oferecer cotas a PcDs. Vale lembrar que as cotas existem também em concursos públicos, regulamentadas pelo Decreto nº 3.298, de 1999.

No fim de 2012, com a Lei Berenice Piana (Lei nº 12.764), o autismo passou a ser considerado uma deficiência para todos os efeitos legais. Portanto, a inclusão da pessoa com TEA no emprego formal no Brasil é muito recente, e dados sobre inclusão de pessoas com o transtorno ainda não foram obtidos oficialmente.

Números oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dizem que cerca de 24% dos brasileiros têm algum tipo de deficiência. Segundo informação do Ministério do Trabalho, os números consolidados mais atuais são de 2017: de quase 46,3 milhões de pessoas empregadas no Brasil, menos de 1% tem alguma deficiência. Para ser mais preciso,  441.411, o equivalente a 0,953%, e desses, apenas 34.851 (0,075%) têm deficiência intelectual (mental), de acordo com a classificação do governo, onde estão incluídas as pessoas com autismo. O Ministério do Trabalho reconhece: “Especificamente sobre autismo, ele é considerado um tipo de deficiência intelectual (variável incluída na pesquisa), mas não temos informações específicas sobre autismo” (sic).

Em visita ao Brasil em julho de 2018, a autista norte-americana e ativista pela causa Temple Grandin defendeu que o comércio local deveria incluir as pessoas com TEA nos bairros: “As coisas vão melhorar no futuro. Penso que precisam encontrar uma forma de resolver o problema localmente, ajudando esses adultos a trabalharem no comércio local, em pequenas lojas”, respondeu ela à minha pergunta, sobre a inclusão laboral de adultos com autismo no nosso país.

A esperança é que a obrigatoriedade das cotas  venha mostrar o quão benéfico pode ser contratar uma pessoa com mais limitações que o convencional — e o quanto isso torna o ambiente todo melhor e mais acolhedor, até mesmo mais produtivo. E que não precisemos mais de leis de cotas num futuro próximo, quando as empresas perceberão que incluir a diversidade (que deve abranger a neurodiversidade) traz mais benefício para a empresa, para os demais funcionários e até mesmo para os clientes, do que para pessoa incluída — com ou sem autismo.

CONTEÚDO EXTRA

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Editor-chefe da Revista Autismo, jornalista, empreendedor.

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