19 de maio de 2024

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A professora Liliane Senhorini morreu aos 46 anos. Conhecida por sua atuação como ativista no cenário do autismo e mãe de três filhos autistas, Liliane também era palestrante, especialista em Análise do comportamento aplicada (ABA) e escritora de livros como A escola e o atendimento do estudante com TEA.

Sua publicação mais recente, no Instagram, foi ao lado de um dos filhos. Na ocasião, Liliane afirmou que estava com dengue e pediu desculpas pela ausência. Em suas redes, compartilhava o dia a dia dos filhos e seu marido, o musicoterapeuta Marcelo Cerrato, com quem era casada desde 2000. Suas publicações também incluiam materiais informativos sobre o autismo, eventos, palestras e entrevistas.

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Sua morte foi lamentada por diferentes figuras da comunidade do autismo. O escritor Eliseu Acácio, em suas redes, disse: “Ano passado tive o prazer de conhecê-la pessoalmente. Hoje, com muita tristeza, me chega a notícia de sua partida…”. Presidente da Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas Autistas (Abraça), Jéssica Borges, afirmou: “Sem acreditar! Faça uma boa passagem, minha amiga. Descanse em paz! Você deixou uma marca em todos nós. Todos gostavam demais de você!”.

O professor Guilherme Bastos também falou sobre Liliane e seu trabalho. “Ela sempre foi muito acolhedora, amiga e conselheira! Mãe atípica, guerreira, mãe de três meninos autistas! Meu coração está em pedaços!”, publicou. Alexander Sales, por sua vez, afirmou: “Que o Senhor na sua infinita misericórdia acolha nossa querida amiga em seus braços. E para quem fica, que nos traga o conforto e nos amenize na saudade”.

A deputada estadual e jornalista Andréa Werner (PSB-SP) disse que Liliane era uma de suas melhores amigas.  “A educação perde uma das professoras mais dedicadas de sua história. A comunidade autista perde uma das pessoas mais amorosas, acolhedoras e sábias. Eu perco o chão. Eu estou perdendo até o ar. Quantas vezes citei nas minhas palestras a sua frase: ‘eu queria ter o direito de morrer’. Eu queria que vc até tivesse o direito, mas que não morresse nunca. Os meninos, com certeza, compartilham dessa opinião. E só de pensar neles, meu coração se quebra em pedaços ainda menores”, disse, em uma publicação.

Até o momento desta publicação, a família de Liliane não se manifestou publicamente sobre as causas da morte e o sepultamento.

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Jornalista, doutorando em Comunicação pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e autor do livro "O que é neurodiversidade?".

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