20 de dezembro de 2023

Tempo de Leitura: 2 minutos

Hoje vamos falar sobre as diferenças da fala no autismo. Isso diz respeito tanto à percepção quanto à produção da fala. Nesse sentido, a prosódia é um aspecto importante para a comunicação humana. Esse conceito se refere ao ritmo e à melodia da fala e serve para enfatizar ou modificar o sentido das palavras na comunicação oral. Portanto, envolve desde as pausas durante a conversa até o tom de voz.

Diferenças da fala no autismo e os impactos na comunicação

Então, para que haja uma comunicação dita funcional, é preciso que todos os participantes do diálogo consigam perceber e interpretar a prosódia um do outro. Dessa forma, é possível compreender melhor o significado das palavras naquele contexto. Mas, no autismo, esse processo ocorre de maneira diferente. Por exemplo, algumas pessoas autistas podem encontrar dificuldades para demonstrar emoção na voz.

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Esse desafio pode estar diretamente ligado a certas dificuldades na comunicação. Ainda assim, muitos autistas podem desenvolver essa habilidade, inclusive na fase adulta, por meio do processo de camuflagem social. Ou seja, quando apesar da dificuldade, o autista encontra uma estratégia que não a deixe perceptível.

Autistas podem desenvolver a fala com emoção?

Na verdade, os aspectos da prosódia baseados em regras e dependentes do contexto são aprendidos ao longo da infância e no início da idade adulta. Nesse sentido, as função formais da prosódia linguística são consideradas mais fáceis de aprender para indivíduos no espectro do autismo. Afinal, elas são baseadas em regras e se aplicam a todos os contextos. Exemplos disso são a estrutura sintática, a ênfase lexical e o tom lexical.

Sendo assim, é crucial levar em conta os diferentes estágios de desenvolvimento ao avaliar as habilidades na prosódia. Portanto, serão necessárias mais pesquisas para verificar os efeitos da idade, da experiência e das intervenções terapêuticas na competência prosódica. Afinal, crianças autistas muitas vezes apresentam dificuldades que podem desaparecer com o amadurecimento das habilidades linguísticas e o desenvolvimento de estratégias de camuflagem social. Porém, os fatores que contribuem para isso ainda não são um consenso entre os cientistas.

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Jornalista, escritora, apresentadora, pesquisadora, 24 anos, diagnosticada autista aos 11, autora de oito livros, mantém o site O Mundo Autista no portal UAI e o canal do YouTube Mundo Autista.

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