1 de março de 2024

Tempo de Leitura: 2 minutos

Nossas últimas férias foram em novembro. Não saíamos em férias grandes desde antes da pandemia. Planejamos por mais de um ano e partimos rumo à aventura. Foram ótimos dias: paisagens diferentes e lindas, curtir um outono maravilhoso, castelos e ruínas espetaculares, museus de tirar o fôlego. Comidas e restaurantes muito bons, algumas surpresas não tão boas, é bem verdade, eheh. 

O que pretendo com essa introdução é mostrar que meu filho, adulto, nível três de suporte, adora viajar, curte todas essas novidades e é um companheiro pra lá de especial. E eu fiquei pensando, depois de ler o que uma amiga querida escreveu em uma das fotos – sonho em fazer algo assim com o meu filho – no que, exatamente, fizemos para que esses programas pudessem ser realizados de forma tão positiva.

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Pra início de conversa preciso dizer que nós três gostamos de viajar. Quem não gosta, dentro ou fora do espectro, não vai querer fazer esse périplo! Depois, pensando bem, percebi que desde sempre evitei rotinas nos trajetos que fazíamos. Sempre gostei de inventar caminhos novos, quando íamos para escola, para casa de amigos etc. Meu filho Pedro não tinha rotinas nesse aspecto. Quando ele ficou um pouco maior, começamos a fazer pequenas viagens. Bate e volta, ir visitar amigos que moravam perto, coisas assim. Depois começamos a planejar temporadas curtas na praia. Meu irmão nos cedia seu apartamento, assim ficava mais fácil. Em seguida. partimos para viagens com hotéis no planejamento. Fomos diversas vezes para um hotel fazenda em Serra Negra, cidade próxima. Também fazíamos viagens para o Rio Grande do Sul, para visitar a família. Aviões, portanto, não eram novidade, já que desde bebê íamos visitar nossos familiares. Só depois de todas essas etapas cogitamos viagens mais longas. Primeiro dentro do Brasil, depois na Argentina e Uruguai. Então, e só então, partimos para trajetos mais longos, com voos mais demorados, cruzar o Atlântico demora bastante. Durante esse tempo todo (vários anos). tivemos muitos percalços, certamente, mas conseguimos contornar todos eles. Concluindo, acho que todo esse caminho pavimentou o processo, mas, acima de tudo, o que nos moveu a todos, foi o prazer. Pedro gosta de viajar, de ver paisagens lindas, de ver pessoas diferentes, curtir museus (ele fica todo um dia passeando em museus, de boa….). Nós todos gostamos, é uma atividade prazerosa em família. Viajar, portanto, é uma das inúmeras possibilidades de diversão em família. Acho que o fundamental é descobrir qual agrada a todos, e, então, pôr a mão na massa e ir à luta!

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É casada e mãe de dois filhos, sendo o mais moço autista severo. Formou-se em odontologia, exerceu a profissão até 2006, quando decidiu dedicar-se integralmente ao filho.

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