8 de março de 2024

Tempo de Leitura: < 1 minuto

Um estudo promovido por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, do Instituto Pasteur de São Paulo e de outras instituições sugere que a infecção pelo vírus da zika na gestação pode aumentar a probabilidade de gestantes terem filhos autistas. A pesquisa se deu por meio de ensaios in vitro (em células), in vivo (em animais) e avaliações em uma com quase 160 crianças.

A pesquisa é um desdobramento de uma série de estudos conduzidos desde 2015, quando ocorreu o surto de zika no Brasil. “Queríamos ver se, entre aquelas crianças, existiam algumas diagnosticadas com TEA. Vimos que a porcentagem de crianças que nasceram com a síndrome congênita do zika vírus e autismo foi de 5,14%, um número alto se considerarmos os dados da OMS, que giram em torno de 1 a 2%”, disse a pesquisadora Patrícia Beltrão Braga.

Publicidade
Genioo

Apesar disso, há a observação que nem toda mulher que foi infectada pelo vírus durante a gestação terá filhos autistas. “Essa predisposição vem de uma combinação de fatores, que ainda não sabemos quais são. Pode ser um fator ambiental como o próprio vírus ou a resposta imune da mãe contra a infecção, conhecida como Ativação-Imune Materna (MIA, Maternal Immune Activation), que está causando as alterações no sistema nervoso central e cujo desfecho é o TEA em alguns indivíduos”, afirmou.

COMPARTILHAR:

Canal Autismo é a maior plataforma de conteúdo a respeito de autismo da América Latina.

Estudo descobre o ‘gene da socialização’ (GTF2I) e pode levar a tratamento para dificuldades sociais de autistas

Baixada Santista recebe congresso de autismo no final de março

Publicidade
Assine a Revista Autismo
Assine a nossa Newsletter grátis
Clique aqui se você tem DISLEXIA (saiba mais aqui)