23 de abril de 2024

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No mês do autismo, diferentes jornais têm trazido a pauta do autismo, entre elas o autismo em adultos. Uma reportagem do Correio Braziliense, publicada no último domingo (21), trouxe relatos de quatro autistas adultos, trazendo o impacto do diagnóstico em suas vidas e os desafios do cotidiano.

Larissa, aos 40 anos, teve seu diagnóstico após anos de internações psiquiátricas e tentativas de tratamento para transtorno bipolar. Inicialmente, ela refutou o diagnóstico, mas depois o aceitou como uma forma de autoconhecimento e libertação. Daniel, aos 44 anos, também recebeu o diagnóstico de autismo após anos de dificuldade em entender as regras sociais. Para ele, o diagnóstico trouxe alívio e uma compreensão maior de si mesmo.

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Lorrany, aos 23 anos, também enfrentou desafios de socialização desde a infância, mas seu diagnóstico tardio lhe trouxe alívio e uma compreensão maior sobre suas dificuldades. Ilus, aos 41 anos, teve uma jornada semelhante de dificuldades sociais e profissionais antes de receber o diagnóstico de autismo. Para ela, o diagnóstico foi como um novo nascimento, trazendo uma compreensão maior de si mesma e motivando-a a ajudar outras pessoas autistas por meio do projeto Adultos no Espectro.

Outra reportagem, publicada pelo G1 do Vale do Paraíba, destacou a invisibilidade de autistas adultos. Larissa Schuermann Rodrigues de Morais, de Jacareí, descreve suas dificuldades em ser autista e mãe de um filho também no espectro, incluindo rigidez cognitiva e seletividade alimentar. Ela enfrentou dificuldades na adolescência devido à falta de diagnóstico e acredita que as escolas não estão preparadas para dar o suporte necessário aos autistas.

Rodrigo Cesar de Oliveira Lobo, também de Jacareí, sente-se negligenciado como autista adulto e enfrentou dificuldades em conseguir um diagnóstico. Ele enfrenta dificuldades em manter contato social e em acessar saúde e terapias adequadas. Já Bianca Estrela Montemor Abdalla França Camargo, da mesma cidade, é palestrante e escritora, e recebeu seu diagnóstico de autismo aos 14 anos. Ela luta por uma sociedade mais inclusiva e enfrenta dificuldades em encontrar amigos e apoio afetivo.

A Folha de S.Paulo, por sua vez, destacou o sucesso de Raquel Nery, estudante de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Nery é a primeira youtuber autista do Brasil a alcançar a marca de 1 milhão de inscritos em seu canal, e tudo começou por meio do TikTok, onde também tem milhões de seguidores. “Hoje em dia, todo mundo tem acesso ao conhecimento. Naquela época não tinha. Meus pais me apoiavam como podiam”, afirmou.

O G1 de Campinas trouxe a história do advogado e ativista Guilherme de Almeida, presidente da Associação Nacional para a Inclusão das Pessoas Autistas, que foi diagnosticado autista aos 37 anos e, por isso, duvidou inicialmente do diagnóstico. “Fui buscar outro profissional que tinha outra metodologia de avaliação e também confirmou o diagnóstico. Eu me senti muito mais tranquilo e, aos poucos, veio essa relação a esse resultado, essa questão de pertencimento”, contou.

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