25 de junho de 2023

Tempo de Leitura: 2 minutos

Graduado em Análise de Sistemas pela Universidade Gama Filho, Alexandre Mapurunga é pós-graduado em Gestão Estratégica de Pessoas e mestrando em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) com foco nos estudos da deficiência e educação inclusiva. Seu contato com o autismo veio desde cedo, na sua família, até que passou a militar por direitos dos autistas. Faz parte da Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas Autistas (Abraça), da qual já foi presidente. Em entrevista dada ao podcast Espectros lançada neste domingo (25), o ativista contou sobre a mudança de perfil da Abraça como uma associação de autistas.

Alexandre contou que existiu uma transição da Abraça que foi marcada pelo Encontro Brasileiro de Pessoas Autistas (EBA), em 2016. O evento ocorreu em Fortaleza, na época que Mapurunga era presidente da Abraça. Mesmo diagnosticado com autismo, ele disse que não tinha ‘saído do armário’ ainda. “A gente não tinha consolidado um ativismo autista, mas a gente via a coisa começar a surgir. A partir do EBA surgiu um convite para uma liderança jovem porque a ONU estava com um programa de líderes jovens com deficiência, que era uma ideia de você renovar o ativismo”, disse.

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“A gente tinha que mandar um líder jovem pra Nova York pra passar 20 dias conhecendo o Sistema Único de Direitos Humanos. Aí eu tinha conhecido a Fernanda [Santana], ela entrou na Abraça meses antes e aí foi dando certo. Ela começou a aparecer com esse protagonismo, a falar como presidente e tudo isso começou a mudar. As nossas campanhas mudaram. A gente não falava dos autistas, a gente falava de nós, a gente tensionou isso. A gente queria chegar a isso, mas só foi possível a partir da chegada dela”, afirmou.

Alexandre também contou sobre campanhas da associação, seu histórico pessoal com o autismo, a trajetória da Casa da Esperança e também bastidores relacionados a Lei do Autismo de 2012, que ele discorda em ser conhecida como Lei Berenice Piana. “Ela [Berenice] se coloca como a criadora. Ela apresenta uma legislação que não tem nada a ver com essa que foi aprovada, que é outra. Ela e o Ulisses [Batista] defenderam tanto que se mantivesse essa questão da possibilidade de excluir da escola regular a pessoa [autista] que tivesse mais necessidade de suporte e a gente foi absolutamente contra”, destacou.

O Espectros é o podcast de entrevistas da Revista Autismo / Canal Autismo (acesse http://canalautismo.com.br/espectros). Mensalmente, o jornalista Tiago Abreu recebe as pessoas que constroem a comunidade do autismo no Brasil para saber mais sobre estes indivíduos além da história, seja familiar, profissional ou pessoal com o diagnóstico.

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