1 de março de 2023

Tempo de Leitura: 2 minutos

Me chamo Camila Alli Chair, tenho 33 anos e desde que me conheço por gente tenho um fascínio enorme por animais. Quando eu era criança, meu foco eram os insetos. Lembro-me direitinho dos meus pais falando que iríamos passar a tarde na casa de algum parente ou amigo e eu logo pensava: “Será que terá jardim pra eu procurar insetos?” E foi assim até os meus 8 anos de idade.

Qualquer coisa relacionada ao mundo natural me encantava ou chamava a minha atenção de alguma forma. Junto ao meu interesse por insetos, os pinípedes (focas) também estavam lá presentes — minha pelúcia favorita da época era uma foquinha branca. Os dinossauros? Eu já havia apresentado um interesse relativamente grande ao assistir os dois primeiros filmes da franquia Jurassic Park, e, não muito relacionado a dinossauros, eu já adorava rabiscar o Godzilla.

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Em um Natal, quando eu tinha 10 anos ganhei meu primeiro livro de dinossauros que, inclusive, tenho guardado até hoje como relíquia. Foi aí que tudo aflorou mais. Quando vi a enorme variedade de dinossauros, e o quão incríveis eles de fato eram, não parei mais de consumir tudo relacionado a esses animais.

Juntamente com esse livro, veio a arte, afinal ele é repleto de ilustrações científicas (hoje nada precisas diante das novas descobertas). Lembro-me direitinho de pegar uma cartolina e desenhar absolutamente todas as espécies retratadas lá e, desde então, não parei mais de desenhá-los.

Com a chegada da internet no computador de casa e o primeiro filme de dinossauros da Disney chamado “Dinossauro”, que estreou nos cinemas em 2000, pude aperfeiçoar cada vez mais meu traço e minhas habilidades como paleoartista, observando trabalhos de paleoartistas conhecidos. O primeiro contato que tive nesse mundo artístico foi com o Felipe Elias, paleoartista brasileiro ainda na ativa. Conheci o trabalho dele em 2002 num site dedicado somente ao assunto. E na época eu achava o estilo dele surrealmente lindo, com toda aquela atenção à textura que ele dá. Percebi que os dinossauros ficavam ainda mais vivos daquela maneira.

Com minha paixão por dinossauros crescendo cada vez mais e mais, meus pais passaram a comprar brinquedos relacionados ao tema, DVDs de documentários de dinossauros, até que: “Bum!” Meu quarto inteirinho já era tematizado com essas criaturas quase místicas.

Agora, aos 33 anos, continuo a pensar 24 horas por dia neles. Há uns três anos pude ilustrar um livro de colorir sobre dinossauros brasileiros, escrito pelo Luís Anelli, paleontólogo brasileiro muito conhecido. Alimentando essa minha paixão desde cedo com inúmeros estudos e dedicação à arte, pude adentrar ao mundo que tanto amei desde criança, e não somente isso, pude também começar a dar vida ao meu projeto de série animada chamada Escola da Insanidade, envolvendo dinossauros como personagens… Mas, diferente da paleoarte que é algo preciso e científico, este é em um estilo mais livre e solto, também conhecido como cartoon.

Esse projeto é só uma ideia que espero um dia concretizar em forma de animação e, de alguma maneira, inspirar jovens aspirantes à paleontologia a também seguirem o sonho deles.

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Formada em animação, cursou biologia, tem 33 anos, é vegetariana e seu hiperfoco são dinossauros e répteis, desde os 10 anos.

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