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Graduada em Pedagogia pela Universidade Católica de Brasília, Jéssica Borges é professora, consultora e ativista. Depois do diagnóstico do filho e da descoberta do próprio autismo, passou a atuar no cenário do autismo no Brasil, chegando à presidência da Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas Autistas, a Abraça. Em entrevista ao podcast Espectros lançada nesta quarta-feira (25), Borges abordou sua trajetória e percepção sobre temas relacionados ao autismo.
Nascida e criada na periferia do Distrito Federal, Jéssica cresceu em um ambiente politizado e com presença de movimentos sociais, especialmente por influência de seu pai. O diagnóstico de autismo do filho Ravi, ainda bebê, fez com que mergulhasse na comunidade do autismo e atuar em comissões e instituições, como o Instituto Lagarta Vira Pupa e a OAB-DF.
Sua entrada na Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas Autistas (Abraça) foi gradual, iniciada com o acompanhamento das campanhas e textos da organização. Em 2021, tornou-se membra oficial e, em 2023, foi convidada a assumir a presidência da entidade. Em 2024, foi eleita oficialmente para permanecer até 2029.
Durante a entrevista, ela abordou sobre os conflitos no ativismo do autismo. “Em dezembro eu acabei adoecendo mentalmente, e foi preciso me afastar quase que obrigatoriamente das redes sociais. Eu acredito que as pessoas perderam a habilidade, ou não sei se já tiveram em algum momento, de dialogar, entender que nem sempre a gente vai concordar com tudo”, pontuou.
O Espectros é o podcast de entrevistas da Revista Autismo / Canal Autismo (acesse http://canalautismo.com.br/espectros). Mensalmente, o jornalista Tiago Abreu recebe as pessoas que constroem a comunidade do autismo no Brasil para saber mais sobre estes indivíduos além da história, seja familiar, profissional ou pessoal com o diagnóstico.