Diversas iniciativas no Brasil têm promovido festas juninas com foco na inclusão de pessoas autistas. Em diferentes cidades, eventos buscaram adaptar os festejos para garantir acessibilidade sensorial, acolhimento e participação ativa de autistas e seus familiares.

Em Aracaju (SE), o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Caminhar III realizou sua festa de São João com a presença de aproximadamente 400 pessoas, entre usuários, familiares e profissionais. A programação incluiu quadrilha, pescaria, trio pé de serra, teatro, brechó, barraca do abraço e comidas típicas. Segundo a prefeitura de João Pessoa, os usuários participaram da organização do evento desde o início.

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Em Piracicaba (SP), o Festival Junino promovido pela Secretaria Municipal de Cultura contou com ações voltadas à inclusão, como a Hora da Inclusão, que ofereceu momentos com som ambiente e sem apresentações musicais. Também foi criado o Espaço Acolhedor CVA Autismo, destinado a garantir conforto e segurança a pessoas autistas e seus acompanhantes. De acordo com nota da prefeitura de Piracicaba, durante os horários inclusivos, autistas e pessoas com deficiência tiveram acesso gratuito às atividades recreativas.

A Apae de Curitiba (PR) realizou sua festa junina na unidade Santa Felicidade com música ao vivo, quadrilha, barracas de comidas típicas, bingo e brincadeiras. Segundo a organização, o evento reuniu 3500 pessoas. Professores e voluntários participaram da organização do evento, que foi planejado para envolver as famílias e promover a convivência entre a comunidade e os frequentadores da instituição.

Em Goiânia (GO), o Goiânia Shopping realizou uma festa junina entre os dias 13 e 15 de junho. Um dos destaques foi a apresentação da banda Os Lanternas, formada por músicos autistas, em um show temático. Também em Goiânia, a associação NAIA Autismo organizou o Arraiá dos Autistas, com apresentações musicais, comidas típicas e bingo. A programação foi publicada na íntegra no canal da associação no YouTube.

Uma reportagem do portal Bem Paraná abordou a necessidade de tornar as festas juninas acessíveis para pessoas autistas, considerando fatores como som alto, fogos de artifício e ambientes com estímulos intensos. Entre os recursos recomendados, estão o uso de abafadores de som, mapas visuais, áreas de descanso, identificação com pictogramas e fogos silenciosos.