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Famílias com crianças autistas enfrentam despesas que ultrapassam em média R$ 1.859 por mês os gastos de lares típicos, segundo pesquisa do Instituto PENSI e da Fipe-USP. O valor pode variar conforme o número de moradores, chegando a somas expressivas quando multiplicado pelo total de integrantes. Os custos envolvem terapias, consultas médicas, medicamentos, deslocamentos e alimentação, além de danos materiais decorrentes de crises.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo com base num levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), cerca de 11 milhões de mulheres no Brasil criam filhos sozinhas, e esse cenário se cruza com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que 2,4 milhões de pessoas vivem com diagnóstico de autismo. Para mães solo, o peso financeiro se soma a perdas emocionais e sociais. Muitas relatam dificuldade em manter empregos, necessidade de recorrer ao sistema judiciário para garantir terapias ou pensão alimentícia e situações de renúncia profissional para acompanhar os filhos em rotinas intensas de tratamento.
A alimentação é outro fator que amplia os gastos, já que alergias, intolerâncias ou seletividade alimentar exigem produtos específicos e de alto custo. Em alguns casos, também entram na lista suplementos, vitaminas e canabidiol.