1 de setembro de 2019

Tempo de Leitura: 2 minutos

Criança que é criança sempre arruma um jeito de deixar os pais em uma “saia justa”.

Mas antes de contar algumas situações, vale ressaltar que o Gabriel consegue verbalizar pouquíssimas palavras, e com muita dificuldade.

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Em nossa primeira viagem de avião o Gabriel estava todo distraído com os vídeos naquelas telinhas que ficam no encosto das poltronas, até que passamos por uma pequena turbulência. E não é que o menino começou a falar “cai, cai, cai” repetidas vezes!

Os mais céticos dos céticos começaram a fazer o sinal da cruz, outros fecharam os olhos e acredito que estavam pedindo em suas preces para que aquele garotinho estivesse enganado. Mas a certeza que ele tinha em seu mantra começou a nos deixar preocupados também.

Felizmente ele estava enganado em sua previsão, e o retorno foi bem tranquilo.

Em um típico domingo com um lindo céu de brigadeiro, resolvemos ir ao parque andar de bicicleta.

Limpei a bicicleta que estava toda empoeirada, passei lubrificante na corrente e só faltava encher os pneus que estavam murchos por falta de uso.

Chegamos ao parque e fui até uma tenda com uma oficina que faz reparos gerais para ciclistas que, assim como eu, andam de bicicleta de duas a três vezes por ano.

Após o pneu ser calibrado, perguntei sobre o valor e  o responsável pela revisão respondeu que era apenas um cafezinho. Confesso que fico bem confuso quando usam este item para definir um valor monetário, de qualquer forma, voltemos ao parque.

Paguei o valor referente ao tal cafezinho, apertei as mãos dele em mais uma forma de agradecimento e em seguida o Gabriel resolveu abraçá-lo como sua forma de agradecer. 

Antes de soltar a cinturinha do senhor, Gabriel deu um beijinho na barriguinha de chopp dele e soltou a seguinte palavra: neném.

Felizmente o senhor levou numa boa, os amigos dele que estavam próximos gargalharam e nós seguimos em nosso passeio de domingo, como outra família qualquer.

E você, já passou por alguma “saia justa”? Conte pra gente 😉

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Pai do Gabriel (que tem autismo) e da Thata, casado com a Grazy Yamuto, fundador da Adoção Brasil, criador do app matraquinha, autor e um grande sonhador.

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