19 de setembro de 2025

Tempo de Leitura: 2 minutos

O podcast Introvertendo, feito por autistas adultos e voltado a discutir vivências no espectro, publicou nesta sexta-feira (19) o episódio 274, sobre a série Atypical. A conversa contou com a participação de Brendaly Januário, Gustavo Borges, Ana Julia Sena e Any Serpa, todos diagnosticados com autismo.

Os participantes refletiram sobre a importância da série, exibida em quatro temporadas, para a representação de personagens autistas na ficção. “Foi a primeira vez que eu vi uma série onde eu realmente acreditei que a pessoa era autista. Diferente de personagens como o Sheldon Cooper, o Sam age como autista de verdade, e isso foi muito significativo”, disse Gustavo.

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Any destacou a quebra de estereótipos: “Antes, personagens autistas eram sempre retratados como supergênios, pessoas que entraram na faculdade com cinco anos. O Sam não. Ele mostrava dificuldades cotidianas e relações sociais próximas da vida real. Isso gerou uma catarse muito grande para nós autistas”. Ana Julia também falou sobre a diversidade de representações: “O Sam entra em uma faculdade ligada às artes, e não em medicina ou matemática, como acontece em outras séries”.

Brendaly comentou o peso do elenco secundário: “Não fica só concentrado no Sam. A série mostra também as dinâmicas familiares, a relação com a irmã, com os pais e amigos. Isso dá profundidade e torna a história mais próxima da realidade”.

As relações familiares geraram debate entre os participantes. Any observou que “os mais jovens, como a irmã e os amigos, tratam o Sam como igual. A representação da sexualidade também foi destacada. Brendaly analisou a trajetória da irmã do protagonista, Casey.

O namoro de Sam e Paige foi outro ponto de discussão. Gustavo argumentou que “foi um relacionamento realista, cheio de erros e acertos. Eles passaram pelas primeiras experiências juntos, do primeiro beijo até a relação sexual. Nada foi idealizado demais, parecia a vida real”. Brendaly concordou, mas ao mesmo tempo considerou que algumas cenas não eram tão românticas. “Achei importante mostrar também a parte sexual, e não apenas o lado fofo. É uma parte da vida, inclusive para autistas”.

O episódio está disponível para ser ouvido em diferentes plataformas de podcast e streaming de música, como Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Amazon Music e CastBox, ou no player abaixo, além de uma versão em vídeo no YouTube do NAIA Autismo. O Introvertendo também oferece transcrição de seus episódios e uma ferramenta em Libras, acessível para pessoas com deficiência auditiva.

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