1 de setembro de 2019

Tempo de Leitura: 2 minutos

Com apenas 16 anos de idade, a sueca Greta Thunberg já é uma ambientalista famosa. Diagnosticada com autismo, ela ganhou destaque mundial ao protestar em frente ao prédio do parlamento sueco contra as alterações climáticas — um movimento chamado de “Fridays for Future” (“sextas-feiras pelo futuro”, em tradução livre, pois ela deixava de ir à escola às sextas, em Estocolmo, para protestar contra as mudanças climáticas do planeta e chamar a atenção das autoridades para o grave problema), que acabou se transformando num movimento internacional de greves de estudantes contra as causas do aquecimento global. A atitude rendeu a Greta a indicação ao prêmio Nobel da Paz.

Além de autismo (à época recebeu diagnóstico de síndrome de Asperger), Greta foi diagnosticada também com TDAH (transtorno de déficit da atenção com hiperatividade), TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) e mutismo seletivo, o que, segundo ela mesma, a faz falar “somente em momentos que são extremamente necessários” — e esta causa “é um desses momentos”, disse ela no TEDx Stockholm.

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Nobel

A indicação de Greta ao Nobel da Paz ocorreu em 14 de março deste ano (2019), um dia antes da greve mundial proposta por ela. Com cada vez mais adeptos nas redes sociais e nas ruas, o movimento, que iniciou em 2018, atualmente tem apoio de cerca de cem países, incluindo o Brasil.

Caso vença o Prêmio Nobel da Paz, Greta se tornará a premiada mais jovem. Atualmente, o título é da ativista Malala Yousafzai, que venceu o prêmio em 2014, então com 17 anos. O anúncio do vencedor ocorrerá em outubro.

Em entrevista à revista New Scientist, ela foi contundente: “É muito triste. Acho que todos devem perceber que fracassamos de muitas maneiras, mas ainda há tempo para consertarmos, se todos fizermos o impossível. Pode e deve ser feito”, declarou a jovem ativista, que já recebeu vários prêmios ao redor do mundo.

Na último dia 21 (julho de 2019), ela recebeu o Prêmio da Liberdade da Normandia e foi incisiva no seu curto (mas direto) discurso de agradecimento em Caen, na França: “A relação entre a urgência climática, as migrações maciças e a fome não estão claras para todo o mundo. Isso tem que mudar”, disse ela, que, além de um troféu, recebeu 25 mil euros para promover sua iniciativa. Na semana passada, Greta foi uma das convidadas especiais de uma sessão na Assembleia Nacional Francesa, junto com mais três jovens entre 16 e 19 anos. Eles foram contar aos deputados por que faltam às aulas para salvar o meio ambiente. Sempre com base em estudos científicos, eles dizem que não são alarmistas, mas realistas: “o problema ambiental é aqui e agora”.

A jovem Greta ouviu falar do aquecimento global aos 8 anos e, desde então, começou a mudar suas atitudes, como desligar luzes e reciclar papel, e a conscientizar a própria família. Da ação local, passou à global.

 

[Foto: Stefan Müller / Wikimedia Commonsl]

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Editor-chefe da Revista Autismo, jornalista, empreendedor.

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