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O jornal The New York Times abordou, em reportagem republicada nesta segunda-feira (8) pela Folha de S.Paulo, o mascaramento em pessoas autistas. O mascaramento é definido como a tentativa de ocultar comportamentos, emoções ou aspectos da identidade com o objetivo de facilitar a convivência em determinados ambientes. O conceito foi explorado por pesquisadores desde a década de 1960 e mais tarde passou a ser associado a comportamentos autistas, como a supressão de estereotipias e o esforço para reproduzir normas sociais. O termo ganhou espaço por meio de relatos e pesquisas com pessoas autistas.
A reportagem conta a história de Amara Brook, recém-formada em psicologia clínica, que relatou ter recebido, durante a orientação profissional, a recomendação de evitar intervenções em uma reunião e encontrou uma forma de se conter usando um doce como estratégia. Especialistas apontam que o mascaramento pode ser útil quando é uma escolha consciente e alinhada aos valores pessoais, assim funcionando como uma forma de manter relações sociais e lidar com situações formais. Por outro lado, quando passa a ser contínuo ou obrigatório, pode gerar consequências como ansiedade, depressão, cansaço extremo e prejuízos nas relações próximas. Profissionais observam que esse padrão também pode contribuir para diagnósticos tardios ou para o agravamento de dificuldades emocionais.
Pesquisadores recomendam que quem deseja reduzir o mascaramento busque ambientes seguros para se expressar de forma mais natural. A orientação inclui apoio profissional, convivência com grupos que compartilham características semelhantes e experimentação gradual de comportamentos mais autênticos em situações cotidianas. Esse processo é contínuo e pode exigir tempo até que a pessoa encontre espaços de acolhimento adequados.
Canal Autismo





