31 de julho de 2025

Tempo de Leitura: 2 minutos

Pioneiro no uso de organoides cerebrais para estudar o autismo, o cientista brasileiro Alysson Muotri acredita que a ciência está prestes a alcançar um marco tão impressionante quanto controverso: “A gente vai ter um cérebro humano em laboratório. É inevitável”, afirmou ele em entrevista ao jornal O Globo, que ganhou destaque de uma página inteira na edição deste domingo, 27.jul.2025. A declaração resume o ponto central de sua pesquisa, que alia biologia, tecnologia e até viagens espaciais para entender o funcionamento e o envelhecimento dos neurônios humanos.

Muotri, professor na Universidade da Califórnia em San Diego (EUA), ficou conhecido mundialmente por enviar minicérebros — esferas tridimensionais de neurônios — ao espaço, em parceria com a agência espacial norte-americana Nasa. Agora, ele se prepara para realizar os experimentos pessoalmente na Estação Espacial Internacional. O objetivo: entender como a microgravidade afeta o envelhecimento neural, informação essencial para missões espaciais de longa duração e também para criar modelos de estudo sobre Alzheimer, Parkinson e outras doenças neurodegenerativas.

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Mas a missão ainda depende de entraves políticos e financeiros, como o impasse entre Donald Trump e Elon Musk, que pode afetar a participação da SpaceX nos projetos da Nasa. Enquanto isso, o cientista celebra conquistas práticas: sua linha de pesquisa com células reprogramadas levou à criação de um medicamento aprovado nos EUA para a síndrome de Rett, uma forma de autismo. “A droga está sendo usada por mais de mil famílias aqui nos Estados Unidos”, destacou.

Para ler a íntegra da entrevista, que foi publicada no jornal O Globo, acesse: “‘A ciência vai criar um cérebro humano em laboratório’, diz cientista brasileiro“.

Na conversa com o jornal, Muotri também abordou temas éticos e futuros possíveis, como a criação de regras para lidar com organoides com algum nível de consciência, o uso de cérebros orgânicos como computadores — a chamada inteligência organoide — e até a remota hipótese de fazer upload de memórias humanas. Para ele, essa revolução está apenas começando.

(Originalmente publicado no site da Tismoo.com.br)

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Editor-chefe da Revista Autismo, jornalista, empreendedor.

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