10 de julho de 2025

Tempo de Leitura: 2 minutos

Com participação de mais de 80 profissionais da saúde, o 2° Congresso de Nutrição e Terapia Alimentar no Autismo, TDAH e Síndrome de Down foi realizado em 05.jul.2025, em São Paulo (SP), na sede da Plenitude Educação. O evento reuniu nutricionistas, médicos, terapeutas e psicólogos em uma programação científica focada em intervenções nutricionais e estratégias terapêuticas para crianças e adolescentes com diagnóstico de transtorno do espectro do autismo (TEA), transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e síndrome de Down.

Entre os destaques da programação houve palestras como a de Nara Resende, nutricionista e coordenadora do congresso, que abordou intervenções precoces e personalizadas desde a pré-concepção. Em sua fala, Nara explicou como alterações bioquímicas desde a embriogênese podem impactar o desenvolvimento do sistema nervoso e influenciar sintomas comportamentais. “Quando compreendemos a origem dessas alterações, conseguimos fazer intervenções mais eficazes. A alimentação é o principal meio de formação estrutural e funcional do nosso corpo”, afirmou ela.

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Outro momento marcante foi a palestra de Pilar de Oliveira Costa Victor, que discutiu estratégias para introdução alimentar em crianças com dificuldades alimentares. Segundo ela, “é essencial trabalhar o conforto, a habilidade sensorial e o prazer em comer, ressaltando que a terapia nutricional vai além de aspectos nutricionais — é também um processo de aprendizagem e construção de vínculos com o alimento”.

Ferramenta inovadora

A médica Camila Milagres apresentou o exame FRAT como uma ferramenta inovadora no tratamento do autismo, explicando o conceito de endofenótipos e a importância dos micronutrientes B9 e B12 na modulação do comportamento. O evento também proporcionou momentos de troca entre profissionais e debate sobre casos clínicos que ilustraram o impacto de intervenções nutricionais bem orientadas na melhora de comunicação e qualidade de vida de pessoas autistas.

A nutricionista Denise Carreiro, apresentou possíveis orientações nutricionais, como a “investigação sobre os impactos da caseína mal digerida e impacto no microbioma e sistema imunológico, com o objetivo de individualizar condutas adjuvantes, potencializando através da alimentação, as intervenções através da suplementação trazendo agilidade ao processo de absorção e aproveitamento de nutrientes”.

Para Nara Resende, o congresso também cumpriu um papel formativo. “Trouxemos diferentes visões, clínica e comportamental, para mostrar como a nutrição se conecta com outras áreas da saúde. Às vezes, ajustar um nutriente pode ser o suficiente para que uma criança, antes silenciada, consiga dizer pela primeira vez a palavra ‘mãe’”, relatou Nara, emocionada.

(Com informações de Stefani Carvalho)

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