Profissionais da saúde lançaram, no fim de novembro de 2025, o primeiro Guia Prático — Transtorno do Espectro Autista (TEA), material voltado exclusivamente a médicos e elaborado com base em evidências científicas. O lançamento ocorreu durante o 20º Congresso Brasileiro de Neurologia Infantil, em São Paulo, e tem como objetivo contribuir para diagnósticos mais qualificados e precoces do autismo, especialmente em um contexto marcado pela ausência de marcadores biológicos e pela necessidade de elevada experiência clínica.

O “Guia TEA” foi desenvolvido como um instrumento de apoio à prática clínica, reunindo informações sobre epidemiologia, etiologia, quadro clínico, diagnóstico, comorbidades e abordagens terapêuticas, farmacológicas e não farmacológicas. A proposta é oferecer subsídios técnicos que auxiliem médicos na identificação segura do TEA, favorecendo intervenções oportunas e baseadas em evidências, com impacto direto no desenvolvimento e na qualidade de vida de crianças e adolescentes.

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A publicação foi elaborada por profissionais de diferentes especialidades médicas e da área da saúde, com apoio institucional da Biosintética Prescrição, marca do portfólio do Aché Laboratórios Farmacêuticos, e chancela da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI). O material foi apresentado oficialmente durante o congresso promovido pela própria SBNI, um dos principais fóruns científicos da área no país.

Boas práticas clínicas

Segundo o psiquiatra Dr. Stevin Zung, diretor médico-científico do Aché, o apoio institucional ao guia está relacionado à difusão de boas práticas clínicas. “Este lançamento só é possível porque acreditamos em inovação com propósito. Essa iniciativa reforça nosso compromisso de atuar cada vez mais como ponte entre a ciência, o cuidado ao paciente e o acesso à saúde, contribuindo para a disseminação das melhores práticas baseadas em conhecimento científico”, afirmou.

Para o Dr. Erasmo Casella, membro do Departamento Científico de Transtornos do Neurodesenvolvimento da SBNI e um dos editores do guia, o material oferece uma visão abrangente e prática do tema. “O material oferece uma visão completa e acessível do TEA, abordando seus impactos, epidemiologia, etiologia e quadro clínico. O guia traz também orientações claras sobre diagnóstico, comorbidades, tratamentos não farmacológicos e farmacológicos”, explicou. Segundo ele, a expectativa é apoiar decisões clínicas fundamentais no atendimento a crianças e adolescentes.

A médica pediatra e psiquiatra Dra. Rosa Magaly, uma das coautoras, destaca a relevância do material diante do diagnóstico tardio ainda frequente no Brasil. “Este guia preenche uma lacuna crítica no diagnóstico do TEA no Brasil. Enquanto a identificação de sinais de alerta pode iniciar já nos primeiros meses de vida, a confirmação clínica é possível ainda na fase pré-escolar. O diagnóstico tardio é uma barreira importante pois compromete intervenções oportunas”, afirmou.

Sistematização e ampliação

De acordo com a especialista, a proposta do guia é sistematizar o rastreamento de sinais atípicos e ampliar a sensibilização dos profissionais de saúde. “Esperamos sistematizar o rastreamento de sintomas atípicos, acelerando a detecção de crianças com TEA e sensibilizando sobre o acesso a terapias baseadas em evidências que otimizam o desenvolvimento e a qualidade de vida”, completou.

O Guia Prático – Transtorno do Espectro Autista (TEA) é destinado exclusivamente a médicos e profissionais de saúde e não está disponível para acesso público. O material foi distribuído no contexto científico do congresso e integra iniciativas voltadas à qualificação da prática clínica no país. Mais informações institucionais sobre o lançamento e sobre a atuação das entidades envolvidas podem ser obtidas nos canais oficiais da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI) e do Aché Laboratórios Farmacêuticos.