Durante as festas de fim de ano, os estímulos sonoros, como fogos de artifício, música em volume elevado e ruídos urbanos, podem provocar desconforto e crises em pessoas autistas, o que torna esse período mais difícil para algumas famílias.

Uma reportagem produzida pelo Jornal Opção aponta que o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, tem promovido ações de orientação sobre os impactos dos estímulos sensoriais excessivos e a importância de ajustes de comportamento durante as comemorações.

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Ciro Bruno Silveira Costa aponta que medidas podem reduzir o impacto sensorial durante as celebrações. “Não se trata apenas de garantir acesso a serviços, mas de entender as necessidades emocionais e sensoriais dessas pessoas. Atitudes simples, como evitar fogos ou reduzir o volume da música, podem prevenir crises e tornar os ambientes mais humanos”, disse.

A hipersensibilidade auditiva é frequente entre pessoas autistas, e fogos de artifício estão entre os estímulos que mais desencadeiam reações. Thaynara Amorim afirma que seu filho passa por incômodos neste período.

“Ele coloca as mãos nos ouvidos, chora, grita. Se está sozinho e escuta um barulho forte, corre para mim desesperado. Fogos, motos, música alta… tudo incomoda muito. No começo era muito difícil. Ele não tinha foco, não entendia o que acontecia. Hoje já reage melhor a alguns sons. As terapeutas trabalham com músicas e sons específicos, e isso fez toda a diferença”, conta.