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Graduada em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento também pela Mackenzie e doutorado em Psiquiatria e Psicologia Médica pela Universidade de São Paulo (Unifesp), Sabrina Ribeiro atua em projetos relacionados ao autismo há três décadas. Em entrevista ao podcast Espectros lançada nesta terça (25), Sabrina abordou sua trajetória e percepção sobre temas relacionados ao autismo.
Ela relembrou que, na graduação nos anos 1990, o autismo era um campo de poucos estudos no Brasil, com uma quantidade menor de cursos, palestras ou materiais disponíveis. Ao longo da carreira, colaborou com nomes como Marcos Tomanik Mercadante e José Salomão Schwartzman, e foi responsável pelo estudo piloto de prevalência de autismo em um bairro de Atibaia, um trabalho pioneiro no Brasil.
Um dos pontos abordados pela entrevistada é sobre a função e o impacto das intervenções. “O que a gente sabe é que toda criança melhora. Todo sujeito, quando começa uma intervenção, melhora. Se ele não está melhorando, a gente tem que rever a intervenção”, argumentou. Para avaliar a qualidade de um atendimento, ela defendeu que é essencial que a instituição ofereça avaliação consistente, metas claras, intervenção ajustável e, sobretudo, progresso real para as crianças.
No doutorado, Sabrina decidiu investigar a idade média do diagnóstico de autismo em São Paulo. A motivação veio de sua experiência clínica, ao receber famílias que buscavam respostas há muitos anos. O estudo encontrou idade média de cinco anos e mostrou que quanto mais profissionais consultados sem encaminhamento adequado, maior o atraso no diagnóstico.
O Espectros é o podcast de entrevistas da Revista Autismo / Canal Autismo (acesse http://canalautismo.com.br/espectros). Mensalmente, o jornalista Tiago Abreu recebe as pessoas que constroem a comunidade do autismo no Brasil para saber mais sobre estes indivíduos além da história, seja familiar, profissional ou pessoal com o diagnóstico.
Canal Autismo





