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O jornal Correio Braziliense publicou, neste domingo (9), uma reportagem sobre a preparação de ambientes e serviços públicos e privados para acolher pessoas autistas de forma adequada.
Em entrevista, a neuropsicóloga Renata Bitar explicou que pessoas autistas podem experimentar sobrecargas sensoriais quando expostas a sons, luzes e cheiros intensos, o que pode gerar crises de diferentes intensidades. Segundo ela, ambientes adaptados reduzem esses riscos e melhoram a qualidade de vida, e por isso a inclusão deve ser construída com base em informação, escuta e respeito às necessidades de cada indivíduo.
“Essas alternativas funcionam como planos de segurança, protegendo o sistema nervoso das crises e permitindo que os autistas mostrem suas habilidades sem barreiras. Essas adaptações estruturais na sociedade são fundamentais e urgentes e, ao contrário do que muitos pensam, não são um luxo a ser conquistado”, disse ela.
Na área da saúde, profissionais têm adaptado práticas e espaços para atender melhor pessoas no espectro. A dentista Luísa Ottoni adota estratégias visuais e sensoriais para preparar pacientes antes dos procedimentos, enquanto o anestesiologista Paulo Sérgio Pinheiro organiza o atendimento de forma individualizada, controlando ruídos, luzes e o tempo de espera.
Em outros setores, iniciativas também buscam promover acessibilidade e acolhimento. A cabeleireira Hani Chiareli especializou-se no atendimento de crianças autistas, adaptando o ritmo e as ferramentas de trabalho conforme o estado emocional de cada uma. Já o empresário Vinicius Longaray criou um restaurante pensado para receber pessoas neurodivergentes, com ajustes sensoriais e cardápio personalizado.
Canal Autismo





