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Dana Paduchowski, mãe de três filhos autistas, relatou ter gasto cerca de US$ 30 mil em terapias alternativas sem evidências científicas, em busca de melhora nos sintomas das crianças. Entre os tratamentos tentados estavam quelação para remover metais pesados, câmaras de oxigênio hiperbárico, suplementos e dietas restritivas. Alguns mostraram resultados limitados, enquanto outros causaram efeitos negativos.
Segundo reportagem traduzida pelo jornal O Estado de S.Paulo, a experiência de Dana é um exemplo do desafio de muitas famílias que buscam tratamentos não reconhecidos para o autismo, impulsionadas por promessas de cura e informações contraditórias encontradas na internet. Pesquisas indicam que a Análise do comportamento aplicada (ABA) é a abordagem indicada para lidar com características centrais do transtorno, enquanto medicamentos servem apenas para tratar condições associadas, como ansiedade e irritabilidade. Mesmo assim, estudos recentes apontam que até 90% das pessoas autistas já experimentaram algum tipo de terapia alternativa ao longo da vida.
Dana e o marido descobriram posteriormente que ambos carregam um gene associado ao aumento da probabilidade de autismo na família. Apesar disso, continuaram buscando opções que pudessem trazer algum tipo de cura para os filhos. Com o tempo, ela passou a compreender que o objetivo não deveria ser consertá-los, mas oferecer apoio para que vivessem da melhor forma possível.
Ela reconhece que o sentimento de culpa foi um dos principais motivadores de suas decisões. “E eu pensava: ‘Bem, se eu causei, preciso consertar.’ Foi por isso que seguimos todos esses caminhos”, disse Dana.
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