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Trabalho há sete anos no Grupo Método, uma clínica multidisciplinar que atende crianças e adultos com autismo e outros transtornos do desenvolvimento. Sou mãe, profissional, palestrante e, sobretudo, uma mulher que voltou a sonhar. Mas, esse caminho não foi simples e poderia ter sido menos doloroso se, desde o início, eu tivesse encontrado profissionais preparados, humanos e éticos. Durante muitos anos sonhei em ser oceanógrafa. Os oceanos sempre me fascinaram. Talvez, com o suporte certo, com uma escuta mais sensível, eu pudesse ter seguido esse caminho. Não por falta de capacidade, mas por falta de oportunidade, de acolhimento, de acesso. Hoje, minha filha autista também enfrenta desafios que poderiam ser menores se a sociedade fosse mais inclusiva. O que mais desejo é que sejamos respeitadas, valorizadas e realizadas. E vocês, profissionais, têm um papel fundamental nisso. Que tal, juntos, construirmos caminhos onde os sonhos não sejam negados mas apoiados?