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O jornal Correio Braziliense trouxe, em reportagem publicada neste domingo (14), a história de pessoas autistas no mercado de trabalho. Um desses casos é Maristela Nunes de Oliveira, de 52 anos, que recebeu o diagnóstico há três, após décadas de consultas médicas e tratamentos para depressão e ansiedade. Professora de cursos técnicos no Senac e profissional da área de tecnologia, ela relata que o diagnóstico tardio trouxe respostas a dúvidas antigas e possibilitou apoiar alunos e outras pessoas a buscarem ajuda especializada.
“Quando você passa uma vida indo de médico em médico, mudando de medicação e nada dá certo, tem uma hora que desespera. O diagnóstico foi um divisor de águas na minha vida e da minha família. O autoconhecimento é importante para qualquer um, mas para um autista muda tudo, você responde a muitos porquês”, disse ela.
Outro exemplo de inserção profissional trazido pelo jornal é o de Luís Felipe Lima Sena Sales, de 23 anos, diagnosticado com autismo ainda na infância. Formado em jornalismo, ele buscou emprego por um ano até ser aprovado em processo seletivo para atuar na área administrativa de um hospital particular, por meio do programa Inclui, do Senac-DF. Ele relatou ter enfrentado bullying e agressões no período escolar, mas afirmou que hoje se sente respeitado e satisfeito no trabalho.
Para a presidente da Comissão de defesa das pessoas com autismo da OAB-DF, Flávia Amaral, muitos trabalhadores não informam sua condição por receio de discriminação. “A gente precisaria ter uma fiscalização dentro das empresas para verificar se a lei das cotas está sendo cumprida, se as empresas estão atendendo o número de vagas para pessoas com deficiência e TEA”, disse ela.