14 de agosto de 2025

Tempo de Leitura: 2 minutos

A Liga de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo realizou, em 05 e 06.ago.2025, o simpósio “O Mundo é Neurodiverso: Autismo em Todas as Fases e Faces da Vida”. O encontro, promovido por alunas do curso de fonoaudiologia, reuniu cerca de 130 participantes, além dos estudantes do curso, a maioria foram de alunos e profissionais de outras áreas da saúde, como fisioterapia, medicina, odontologia e farmácia, inclusive autistas, mães e familiares. O objetivo foi ampliar o conhecimento acadêmico e sensibilizar futuros e atuais profissionais sobre o atendimento a pessoas autistas em todas as etapas da vida, não apenas na infância.

A programação incluiu palestras e oficinas presenciais. Entre os temas debatidos estiveram a comunicação aumentativa e alternativa (CAA), a intervenção precoce, o envelhecimento de pessoas autistas e a atuação de diferentes especialidades da saúde. As oficinas, com mais de 60 participantes, foram conduzidas por entidades como a ISAAC Brasil e a CIVIAM, abordando fundamentos teóricos e práticos da CAA, uso de recursos de tecnologia assistiva e jogos adaptados.

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De acordo com as organizadoras, a palestra sobre odontologia e autismo, ministrada pela professora Adriana Zink, foi uma das mais comentadas. A abordagem surpreendeu os participantes pelo conteúdo sobre o tema e pela didática da palestrante. Outro destaque foi a fala da fonoaudióloga Aline Andriotti, professora orientadora da Liga TEA, sobre a importância da intervenção precoce e a diversidade de modelos de tratamento disponíveis.

Mais que a infância

Katherine Lafuente, presidente da Liga TEA, explicou que a iniciativa surgiu da percepção de que a graduação em saúde ainda privilegia o estudo do autismo na infância. “Queríamos entender e discutir também como é a vida do adolescente, do adulto e do idoso autista, e quais competências o profissional precisa desenvolver para atender essas demandas”, afirmou. Para Thalita Souza, vice-presidente, a abertura do simpósio a outras áreas de formação ampliou o alcance da proposta: “Tivemos a participação de públicos que normalmente não têm contato direto com esse tema durante a formação acadêmica”.

O simpósio, que teve ingressos gratuitos para autistas e familiares, contou com apoio de empresas como Civiam e Isaac Brasil e buscou integrar ciência, prática profissional e conscientização sobre a neurodiversidade. A Liga TEA realiza encontros mensais com aulas e palestras e pretende manter a realização de eventos de maior porte nos próximos anos.

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Editor-chefe da Revista Autismo, jornalista, empreendedor.

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