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Na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), psicólogos iniciaram um programa para ajudar adultos autistas no desenvolvimento de habilidades para relacionamentos amorosos. A iniciativa inclui encontros com coaches de relacionamento para a prática de interações sociais, com foco na construção de confiança e leitura de sinais durante os encontros. O programa faz parte de um ensaio clínico que acompanha dezenas de participantes e coleta dados sobre suas experiências. Entre os principais objetivos estão entender quais abordagens podem facilitar o desenvolvimento de vínculos afetivos e melhorar a qualidade de vida.
Segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, historicamente, o tema do romance entre pessoas autistas era pouco abordado na pesquisa científica. A série Amor no Espectro, que retrata experiências reais de adultos autistas em busca de relacionamentos, ajudou a tornar o tema mais visível. A produção influenciou positivamente a percepção social sobre o direito ao amor e à intimidade das pessoas no espectro.
Apesar do avanço, há críticas a treinamentos sociais que incentivam o mascaramento, ou seja, a tentativa de autistas se comportarem como neurotípicos. Algumas pessoas relatam desgaste emocional ao tentar seguir padrões impostos de sociabilidade. Por isso, a equipe da UCLA procura adotar uma abordagem neuroafirmativa, que valoriza a autenticidade e a autonomia individual.