15 de janeiro de 2022

Tempo de Leitura: 2 minutos

A associação Onda-Autismo (Organização Neurodiversa pelos Direitos dos Autistas) está lançando o projeto “TEApresentar Mulheres Autistas, Nós Existimos!”, voltado a apoiar autistas adultas com diagnóstico tardio, além de conscientizar adultos sobre a importância de buscar um diagnóstico. O projeto deverá se iniciar no próximo mês (fev.2022).

Num papo exclusivo — que você pode conferir em vídeo no nosso canal no Youtube —, conversei com as quatro mães autistas idealizadoras e coordenadoras desse novo projeto: Claudia Moraes, Francilene Vaz, Graziele Carvalho e Jeane Cerqueira. Você pode conferir toda a nossa conversa, que não foi só sobre o projeto, mas sobre o diagnóstico tardio de autismo de cada uma delas e sua jornada até o “laudo” (todas elas receberam seu diagnóstico no ano passado).

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O objetivo do projeto é dar acolhimento, estimular o empreendedorismo e melhorar a autoestima das mulheres autistas adultas. “Este é um projeto para mulheres e mães, que têm muito menos acesso a diagnóstico. Queremos divulgar informações sobre o autismo feminino e como chegar e também como ficar bem após receber um laudo diagnóstico”, explicou Claudia Moraes, que está na vice-presidência da Onda-Autismo.

TEApresentar Mulheres Autistas, Nós Existimos!

A seguir, leia o texto de Francilene Vaz, de Macapá (AP), apresentando o novo projeto:

O Projeto surgiu a partir do “agrupamento” e união de quatro amigas. Tão distintas, determinadas e neurodiversas, quanto a história de vida de cada uma delas.
A vontade de fazer a diferença, ajudar outras mulheres que buscam o diagnóstico na fase adulta, a partir das próprias vivências, foi a maior motivação para este Projeto.
Entender a si mesmas, buscar o autoconhecimento, o amor-próprio e, ainda assim, mesmo sem querer, encontrar as respostas que faltavam para as “lacunas” da vida.
O diagnóstico na fase adulta tem duas vertentes: liberta e pune.
Liberta, no sentido literal mesmo. Afinal, só quem é livre pode escolher ser quem é. E é assim que nos sentimos. Livres para sermos quem somos.
Pune, pois a sociedade ainda não está preparada para aquilo que considera “novo”. E olha que estamos falando de autistas adultas. (Contém ironias). Os julgamentos são reais. Tanto quanto as indagações, dúvidas e questionamentos a cerca do nosso diagnóstico. Como se não tivéssemos sido criteriosamente avaliadas por profissionais competentes.
Mas, apesar de todas as adversidades, nós existimos!
Apesar de nós mesmas, existimos!
Perfeitas, dentro da diversidade do espectro, nós existimos!
Com a mente vibrante e corações repletos de sonhos, propósitos, metas e possibilidades, nós existimos!
Com amores e temores, do diagnóstico tardio, nós existimos!
(Francilene Vaz)

Vídeo

A seguir, assista ao papo todo, registrado em vídeo (e inscreva-se no nosso canal no Youtube).

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Editor-chefe da Revista Autismo, jornalista, empreendedor.

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