22 de fevereiro de 2022

Tempo de Leitura: 3 minutos

Características e perspectivas da qualidade de vida de pessoas autistas adultas e idosas, uma pesquisa necessária

Pesquisadoras da Universidade Federal Fluminense (UFF) estão coletando dados para um trabalho científico que pede a participação de pessoas autistas adultos (maiores de 18 anos) e idosos para responder a um formulário simples, mas de extrema importância a respeito das perspectivas da qualidade de vida dessas pessoas.

A maior expectativa de vida para pessoas no espectro tem suscitado a importância de pesquisas nesta área. Um artigo recente, publicado pelo Journal of Autism and Development Disorders (2021) aponta para três temas emergentes no apoio ao conhecimento, prática e pesquisa em Envelhecimento e Autismo:

Publicidade
ExpoTEA

Fonte: EDELSON, et. AL,2021.

Pesquisa da UFF pede participação de autistas adultos e idosos - Canal Autismo / Revista AutismoBuscando entender se adultos e idosos dentro espectro autista, possuem qualidade de vida no Brasil e o impacto que o envelhecimento da pessoa autista traz para suas vidas, as pesquisadoras Kamilla Grativol Rosa, do programa de Pós-Graduação em Ciências, Tecnologia e Inclusão (PGCTIN), da UFF, orientada pela professora Dr.ª Diana Negrão Cavalcanti, desenvolvem o projeto de pesquisa intitulado: Características e perspectivas sobre a qualidade de vida em pessoas autistas na fase adulta e terceira idade, no qual consta como etapa inicial da pesquisa a coleta de dados a partir de um formulário com questões elaboradas pela OMS, Whoqol-Bref, que visam avaliar a qualidade de vida. 

As pesquisadoras dispõem-se a investigar percepção da qualidade de vida e de serviços adequados a autistas adultos maiores de 18 anos, contribuindo ao debate acadêmico e social, registrando os avanços e também as dificuldades sobre a oferta de políticas públicas, das organizações sociais e da projeção de espaços, serviços e equipamentos urbanos que proporcionem inclusão e cidadania a esse público no Brasil. 

O projeto foi aprovado pelo comitê de ética da universidade e garante a proteção de dados a todos os que responderem ao questionário. A participação é de forma voluntária e sem fins lucrativos.

Qualquer pessoa autista diagnosticada, maior de 18 anos pode responder ao formulário, acessando o link: https://forms.gle/tVrGQ8RFuqVnu3ec7

ou pelo QR-code a seguir: 

“Somente levantando questões acerca do autismo na fase adulta/idosa é que iniciaremos o debate para chegarmos as melhores práticas de intervenções visando ao bem estar do autista adulto e o seu envelhecimento ativo, promovendo avanços na discussão sobre o cuidado, enriquecimento ambiental, envelhecimento, relações sociais, autonomia, saúde mental e crenças pessoais das pessoas com autismo”, explicou a pesquisadora Kamilla Grativol Rosa.

 

Referência

Edelson, S. M., Nicholas, D. B., Stoddart, K. P., Bauman, M. B., Mawlam, L., Lawson, W. B., Jose, C., Morris, R., & Wright, S. D. (2021). Strategies for Research, Practice, and Policy for Autism in Later Life: A Report from a Think Tank on Aging and Autism. Journal of autism and developmental disorders51(1), 382–390. https://doi.org/10.1007/s10803-020-04514-3

COMPARTILHAR:

Editor-chefe da Revista Autismo, jornalista, empreendedor.

Famílias de autistas denunciam exclusão escolar em diferentes lugares do Brasil

‘A psiquiatria tem muitos profissionais que não estão preparados para lidar com autistas’, diz estudante autista

Publicidade
Assine a Revista Autismo
Assine a nossa Newsletter grátis
Clique aqui se você tem DISLEXIA (saiba mais aqui)