6 de maio de 2022

Tempo de Leitura: 2 minutos

O aprendizado é para ser guardado, arquivado. Assim, todos as vezes que precisamos, podemos acessá-lo. Regras também são importantes. Tudo isso são referências para nossas novas ações. Mas, e gente? Todo o tipo de gente? Por exemplo… existe padrão? Bem… gente é para brilhar. Não há tipo de gente padrão. Aliás, seres humanos estão em constante construção. Então, por que motivos, tentamos enquadrar, engessar, padronizar? O mais importante é entender que quando se trata de gente, não podemos engessar a relação. Mesmo que sejam PCD, não ligue o piloto automático.

Queimando etapas com PCDs

Não podemos queimar etapas. Aliás, muito menos, ligar o piloto automático. Qualquer que seja o evento, o ritual do conhecimento, da preparação, deve ser sagrado. Desse modo, a gente se aproxima de mansinho, estuda o terreno, dá um passo de cada vez. Observa, serenamente. Com cuidado, devagar.

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Ir de ‘vagar’… vaguear sem direção, sem pré-conceitos. Perambular, sem pressa, passear. Para a interação entre almas há de se ter tempo para vaguear, errar, perambular, passear, andejar, vagabundear, girar, numa espécie de dança do conhecimento. Isso mesmo! Está tudo lá, no dicionário.

Mas o que fazemos? Criamos um padrão e logo tentamos segui-lo. Ligamos o piloto automático e pronto. Ao se encontrar com uma pessoa com deficiência, PCD, não ligue o piloto automático. Quanto menos a pessoa se encaixar, mais achamos que a culpa é dela. Afinal, o diferente é visto como desconhecido. E o desconhecido gera medo nas pessoas. Assim, é nesse momento que as pessoas se colocam na defensiva, se encolhem e excluem.

Não há descoberta quando se liga o piloto automático

Quando entendemos que não há descoberta quando se liga o piloto automático, entendemos mais. Não há descobertas também, inovações… crescimento. Logo, podemos entender que a criação vem quando nos deparamos com as diferenças. Então, é preciso conhecer, com a calma de quem estuda a riqueza de um terreno. Então, fica mais fácil entender. Não precisamos saber tudo. Precisamos, isso sim, ser receptivos ao novo. Respeitar o diferente. Aí sim, nos tornamos aptos à criatividade. Criar, dessa forma, uma nova sociedade. Mais rica, digna, equânime, igualitária, humanizada e, sobretudo, mais justa!

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Jornalista e relações públicas, diagnosticada com autismo, autora dos livros "Minha Vida de Trás pra Frente", "Dez Anos Depois", "Camaleônicos" e "Autismo no Feminino", mantém o site "O Mundo Autista" no Portal UAI e o canal do YouTube "Mundo Autista".

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