3 de setembro de 2021

Tempo de Leitura: 2 minutos

“Autismo no Feminino – A Voz da Mulher Autista” apresenta treze capítulos escritos por mulheres autistas, diversificados e reflexivos, mesclando artigos científicos e relatos de experiências. Todas as autoras tiveram como mote o “grito”: “O que você pensa que a sociedade precisa saber sobre o autismo no feminino?”. 

Por muito tempo, a mulher foi ignorada nos estudos sobre o autismo e, mais recentemente, muitas delas estão saindo da invisibilidade ao procurar profissionais competentes que entendam sobre o amplo espectro do autismo. Mais que isso, levam o assunto às redes sociais, à academia, dão palestras, pesquisam, criam empresas para difundir informações confiáveis. 

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O ativismo dessas mulheres nasceu da constatação da falta de conhecimento e até da distorção sobre as características do autismo no feminino. Todas passaram por experiências de não validação de suas falas, apontamentos e ponderações pela classe médica. 

Entretanto, elas arregaçaram as mangas e partiram para disseminar informações necessárias à transformação positiva de toda a sociedade. O livro pretende falar a profissionais da saúde, (como médicos e psicólogos), educadores,, além das pessoas envolvidas direta e indiretamente com a neurodiversidade humana.

Quem são essas mulheres e qual é o seu grito?

O livro conta com o prefácio “Diagnóstico é Identidade”, da neuropsiquiatra Raquel Del Monde, e termina com “Diagnóstico é Esperança”, de Ana Amélia Cardoso, docente e pesquisadora no Departamento de Terapia Ocupacional e do Curso de Pós-Graduação em Estudos da Ocupação da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (EEFFTO – UFMG). 

Ao longo de toda a obra, as autoras vão tecendo as noções de “identidade” e “esperança” que pulsam na construção da história de cada uma delas.

Tudo começou com mãe e filha autistas

Mãe e filha estão à frente do site O Mundo Autista. Selma Sueli (mãe) e Sophia Mendonça (filha)  são jornalistas e compartilham as suas vivências. O site, que tem uma abordagem plural, trata a inclusão de uma maneira geral e dá voz às minorias, através de trocas com pessoas com deficiência, diversidade de gênero, raça, religião e outros temas. Saber conviver pressupõe aprender a debater sobre as situações conflitantes, pois é a partir do conflito que amadurecemos, crescemos e, por fim, nos desenvolvemos. 

O “Mundo Autista” é o canal de autistas mais antigo em atividade no YouTube brasileiro, com vídeos disponíveis desde 2015. Selma Sueli Silva é jornalista, radialista, youtuber, escritora, cineasta, relações públicas e pós-graduada em Comunicação e Gestão Empresarial. Foi diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista) em 2016. É autora de três livros e diretora do documentário “AutWork – Autistas no Mercado de Trabalho”.

Sophia Silva de Mendonça é jornalista, escritora, apresentadora, cineasta e mestranda em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG). Foi diagnosticada autista aos 11 anos, em 2008. Mantém o site “O Mundo Autista” no Portal UAI. É autora de sete livros e diretora do documentário “AutWork – Autistas no Mercado de Trabalho”. Em 2016, recebeu o Grande Colar do Mérito Legislativo de Belo Horizonte, a maior honraria do legislativo municipal, tornando-se a pessoa mais jovem a receber essa homenagem. O site “O Mundo Autista” agora é parceiro premium do UAI, o maior portal de notícias mineiro.

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Jornalista, escritora, apresentadora, pesquisadora, 24 anos, diagnosticada autista aos 11, autora de oito livros, mantém o site O Mundo Autista no portal UAI e o canal do YouTube Mundo Autista.

Sobre ter irmãos com deficiência

Espectro Artista: Fernando Pavone

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