15 de setembro de 2021

Tempo de Leitura: 2 minutos
A ABA ficou conhecida por sua eficácia no tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entretanto, na realidade, ela faz parte de uma ciência muito mais ampla que pode ser aplicada a qualquer contexto socialmente relevante. Ela também pode ser entendida como a “Ciência da Aprendizagem”, pois suas intervenções visam ampliar repertórios, promover novas aprendizagens e autonomia.
Infelizmente, é comum encontrarmos a ABA sendo propagada como “Método ABA”, como se ela fosse simplesmente um conjunto de técnicas ou uma espécie de “receita mágica” para lidar com algo, principalmente, no autismo. E isso é muito ruim.
A grosso modo, pode-se dizer que existem métodos baseados em ABA, mas a ABA não é “um método”.  A falta de entendimento disso, chega a ser até perigoso, pois aplicar Intervenções “ABA”, sem supervisão e sem conhecimento de suas bases filosóficas e cientificas, ao invés de promover melhora, pode-se desencadear a piora de algumas demandas. Não existe mágica, não existe um método para lidar com todos os casos. Existe uma ciência!
ABA, é uma sigla em inglês que significa Applied Behavior Analysis, em português, Análise do Comportamento Aplicada. A ABA, como falamos, não é um método, nem um “pacote de técnicas”. Suas intervenções são baseadas em evidencias, resultado de décadas de estudos e pesquisas sobre o comportamento, particularmente, o comportamento humano. A Análise do Comportamento Aplicada vai muito além de ser um mero conjunto de intervenções. Resumidamente (bem resumidamente), é a parte aplicada de uma ciência maior chamada Análise do Comportamento.
A Análise do Comportamento é uma ciência que tem 3 “subáreas”, todas interligadas. São elas:
  1. O Behaviorismo Radical – a Filosofia da Análise do Comportamento, a teoria base desta ciência, que começou com Skinner.
  2. A Análise Experimental do Comportamento, incumbida de realizar pesquisas, testar e produzir dados nesta ciência, com estudos experimentais sobre relações comportamentais em contextos socialmente relevantes. Para, assim, ir além da teoria, descartando ou comprovando-a.
  3. E finalmente, A ABA! A Análise Aplicada do Comportamento, que planeja e aplica intervenções, baseadas na filosofia Behaviorista e nas evidências obtidas com os estudos da área Experimental do comportamento. Então, os procedimentos que temos hoje na ABA passaram antes por anos de pesquisas.

Percebem como essas três áreas estão intimamente ligadas?

Em resumo, é impossível trabalhar com a ABA sem um profundo conhecimento das bases cientificas da Análise do Comportamento e identificação com a filosofia behaviorista (comportamental). Intervenções em ABA exigem estudo e entendimento de todas as suas subáreas. A ABA não é uma área exclusiva da Psicologia. É preciso estudar a filosofia behaviorista, estudar Skinner e outros autores contemporâneos da Análise do Comportamento para entender e trabalhar com intervenções em ABA. Há especializações e formações especificas em Análise do Comportamento.

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ExpoTEA
Fonte: Academia do Autismo.
Autoria: Gabriela Bandeira.
Créditos: Chaloê Comim.
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A Academia do Autismo é uma Instituição especializada no Transtorno do Espectro Autista, focada em transformar a vida das pessoas com TEA, a partir da qualificação de profissionais, pais e familiares. Conta com 80% dos conteúdos gratuitos, atuando também na disseminação de conhecimento sobre o autismo.

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